2024-01-31
Os pagamentos das ajudas da Política Agrícola Comum (PAC) aos agricultores calendarizados para o mês de Janeiro confirmam cortes significativos para as explorações agrícolas, com forte impacto negativo nos rendimentos dos agricultores, particularmente para as pequenas e médias explorações.
As más opções do Ministério da Agricultura na programação do PEPAC, traduzem-se também em perdas brutais na Agricultura Biológica e Produção Integrada, sendo com estupefação que os agricultores são confrontados com um corte de 25% na medida da Produção Integrada e de 35% na da Agricultura Biológica, sendo a culpa do Ministério da Agricultura que não fez uma correta estimativa das áreas que iam ser candidatadas.
O Governo tem de corrigir este erro e reforçar de imediato o orçamento previsto para este ano no PEPAC, de forma a honrar os compromissos assumidos com os agricultores.
O Ministério da Agricultura tem de garantir que os agricultores não são prejudicados pelas opções e erros do Governo, nem que tenha de recorrer a medidas extraordinárias de carácter nacional.
Porque agricultores com mais rendimentos, é mais produção nacional de qualidade na mesa dos consumidores.
A realidade é só uma, mesmo contabilizando as ajudas, a asfixia financeira da grande maioria dos agricultores, principalmente os pequenos e médios, é permanente e brutal.
Os agricultores, há muito descapitalizados, estão fartos e os cortes nas ajudas, agora concretizados, são a gota de água que faz transbordar o copo.