2023-10-13

COMUNICADO ADACO: Escoamento do milho no Baixo Mondego

ESCOAMENTO DO MILHO NO BAIXO – MONDEGO

SITUAÇÃO DRAMÁTICA

 

Como se não bastasse a já difícil situação dos preços baixos na produção, com menos 100 euros por tonelada em relação a 2022 (33,5€ tonelada em 2022 e 23,5€ tonelada 2023), acresce agora a impossibilidade do escoamento. As Cooperativas Agrícolas da região (Montemor-o-Velho, Coimbra e do Bebedouro - Arazede) que escoam o milho não recebem a produção do Baixo Mondego, alegando terem os silos cheios.

Esta situação acontece devido às importações do Leste Europeu, sobretudo da Ucrânia e da Polónia, e da descarga de barcos oriundos da América do Sul. Nas duas últimas semanas, dois barcos com dezenas de milhares de toneladas oriundos da América do Sul foram descarregados em Portugal. Por este motivo, dezenas de tractores encontram-se parados em frente a estas Cooperativas à espera que seja dada autorização para descarregarem o seu milho.

Os agricultores encontram-se num impasse, o milho que ainda está no campo não pode ser colhido visto que não há escoamento, e o que já foi colhido têm de guardar em casa ou deixar nos atrelados dos tractores. Esta situação põe em risco a colheita de milho no Baixo-Mondego, que ronda uma área de cerca de 6.000ha.

É escandaloso que a produção nacional esteja sem soluções de escoamento e o Governo Português ainda permita importações, sem restrições e sem reconhecer a dificuldade exposta neste comunicado, pela qual passam os produtores nacionais.

Caso esta situação não seja resolvida a estimativa de prejuízo na cultura do milho no Baixo Mondego é de vários milhões de euros. Diante disto, é urgente que o Governo accione urgentemente mecanismos Nacionais e Europeus que impeçam as importações desnecessárias de milho, até que a produção nacional seja escoada.

Contactámos o Ministério da Agricultura mas não obtivemos resposta.

 

Coimbra, 13 de Outubro de 2023

Pel'A ADACO

Isménio Oliveira

Coordenador

927697894

COMUNICADO (PDF)