Hoje celebra-se o Dia Mundial da Água.

Na agricultura é inquestionável que culturas com disponibilidade hídrica, como as instaladas em perímetros de rega, têm produtividades mais elevadas e, assim, trazem maiores rendimentos aos agricultores. A grande questão é que normalmente a Agricultura Familiar está fora deste universo.

A execução do Plano Nacional de Regadios assim como a manutenção das infraestruturas de regadio e de apoio à agricultura já existentes são fundamentais. Veja-se a urgente situação que vivem os agricultores do Vale do Pranto – Baixo Mondego onde, pelo mau funcionamento das infraestruturas, quando há maré alta, as águas salgadas entram no Rio Pranto e afectam os campos de arroz.

Os investimentos devem ser concretizados considerando as condições edafoclimáticas e a necessidade de garantir água à actividade agrícola, num contexto de alterações climáticas, no equilíbrio dos territórios e das economias locais, garantindo o acesso e gestão pública e democrática da água com base na promoção de sistemas produtivos mais resistentes e autónomos, como a Agricultura Familiar. Neste sentido, é igualmente central potenciar uma floresta sustentável que permita a infiltração e a recarga dos recursos hídricos subterrâneos fundamentais numa perspectiva estratégica nacional para água.

A disponibilidade de água para a produção de alimentos é fundamental para garantir a Soberania Alimentar do nosso País pois, caso contrário, continuaremos a estar dependentes de outros e a elevados níveis de importação com impactos ambientais muito significativos.

A Direcção da CNA