2021-11-30

Dirigente da CNA Vítor Rodrigues eleito para o Comité Coordenador da Coordenadora Europeia Via Campesina

A CNA participou na Assembleia Geral da Coordenadora Europeia Via Campesina (ECVC), organização da qual é membro, que decorreu nos dias 25 de Outubro e 29 de Novembro.

A Assembleia Geral elegeu para o seu Comité Coordenador, o dirigente da CNA Vítor Rodrigues.

A candidatura de Vítor Rodrigues, apresentada pela CNA, dá expressão ao empenho da Confederação no reforço do trabalho da ECVC em prol das causas da Soberania Alimentar, da dignidade das camponesas e camponeses, da Agricultura Familiar, e das trabalhadoras e trabalhadores rurais.

Vítor Rodrigues sucede ao dirigente da CNA José Miguel Pacheco – que desde 2013 integrou o Comité Coordenador da ECVC, tendo atingido a limitação de mandatos – dando assim seguimento ao compromisso da CNA de continuar e reforçar a articulação do trabalho com a ECVC e demais organizações que a integram.

Para além da eleição de novos membros para o CC e de questões estatutárias em agenda, os delegados intervieram dando testemunhos sobre a situação que está a ser vivida pelos camponeses, pelos trabalhadores agrícolas e pelas populações nos diversos países, e sobre as iniciativas das organizações em defesa da Agricultura Familiar e da Soberania Alimentar.

Das intervenções dos delegados de diversos países europeus fica patente a ofensiva feita aos pequenos e médios agricultores, que cada vez mais têm dificuldade no acesso os mercados para escoamento dos seus produtos a preços justos.

Também o acesso à terra para a produção de alimentos está a ser cada vez mais dificultado, nomeadamente pela pressão exercida por grandes grupos económicos e financeiros que açambarcam a terra para a instalação de grandes monoculturas super-intensivas ou até mesmo para a produção de energia ou créditos de carbono, afastando a terra da sua função social e contribuindo para eliminação de pequenos e médios agricultores um pouco por toda a Europa.

Apontadas as dificuldades em diversos países, certo é que o trabalho das organizações tem sido incansável na defesa da Agricultura Familiar, enquanto modelo de produção e comercialização de alimentos saudáveis e sustentáveis e enquanto garante da soberania alimentar dos povos.

A partilha e a unidade em torno de problemas semelhantes e da luta comum para os ultrapassar renovou forças das organizações membro da ECVC para os anos vindouros, tendo já pela frente a contestação face à nova Política Agrícola Comum que irá determinar as linhas políticas para o sector para os próximos seis anos.

Pela CNA participaram como delegados nesta AG Alfredo Campos e Adélia Vilas Boas, além de José Miguel Pacheco e Vítor Rodrigues, que participaram, respectivamente, enquanto membro cessante e membro eleito do CC da ECVC.