2021-02-01

CNA e Sindicato Labrego Galego debatem situação da Agricultura no contexto da Presidência Portuguesa da UE

A 28 de Janeiro, a CNA reuniu com o Sindicado Labrego Galego (SLG), organização da Galiza que representa e defende uma agricultura camponesa e sustentável e que, como a CNA, integra a Coordenadora Europeia Via Campesina. Este encontro teve como finalidade a construção de posicionamentos e acções comuns no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia (UE) e da reforma da Política Agrícola Comum (PAC). 

É comum o entendimento da CNA e do SLG de que as políticas públicas não têm estado a favor da Agricultura Familiar e dos pequenos e médios agricultores e agricultoras e que, por isso, é muito necessário e importante o trabalho das organizações na defesa e na luta por outras e melhores políticas. 

No quadro actual de definição da nova PAC – que se prevê que esteja concluída durante a Presidência Portuguesa da UE no primeiro semestre deste ano – a CNA e o SLG continuarão a conciliar esforços e intervenção pela concretização de alterações na PAC que venham a corrigir injustiças na distribuição das ajudas ou na penalização dos camponeses e que permitam valorizar e promover modelos de produção mais sustentáveis, do ponto de vista ambiental, social e económico. 

Face às circunstâncias que vivemos, as dificuldades acrescidas para a Agricultura Familiar decorrentes pandemia foram também um dos temas abordados. Convergimos na importância de defender os mercados locais e de proximidade, os modelos de produção sustentáveis, os territórios e as populações rurais e a Soberania Alimentar dos povos, questões que se enquadram na necessidade de uma plena concretização da Declaração dos Direitos Camponeses, aprovada pela ONU.   

Também foi abordada a situação das mulheres rurais, que viram agravar-se muitos dos seus problemas neste período de pandemia e confinamentos: maior sobrecarga de trabalho e de assistência a filhos e familiares ou menor protecção social nas situações em que as dificuldades financeiras obrigam, muitas vezes, a mulher a deixar de descontar para a Segurança Social.